terça-feira, 5 de maio de 2015

NEPAL: O QUE MATA MAIS DESASTRE OU SACRIFÍCIO?


Infelizmente no dia 25 do mês passado houve um terremoto de grandes proporções no Nepal. Mais de sete mil pessoas foram mortas e quase 16 mil foram feridas.

Mas, o que poucos sabem é que neste país, todos os anos se reúnem cerca de um milhão de fiéis, durante dois dias, para sacrificar milhares de animais como búfalos e cabras, em um ritual para homenagear a deusa hindu Gadhimai, com o intuito de atrair prosperidade.

Estes dois episódios causaram a morte de milhares de vítimas. O primeiro é resultado de um fenômeno natural e outro de forma proposital.

Na tragédia do sismo, dois sobreviventes me chamaram atenção, um deles é o senhor Funchu Tamang, de 101 anos, que após sete dias debaixo de escombros foi salvo com algumas lesões.

O outro foi o bebê Sonit Awal, de apenas 5 meses de vida, que coberto por uma pequena abertura de um guarda-roupa foi protegido dos destroços por 22 horas.

No ato de matança de animais também existe vitória. Em novembro do ano passado, a Suprema Corte da Índia ordenou ao governo que garanta que nenhum búfalo ou gado seja levado pela fronteira sem licença. Após está medida, 100 pessoas foram presas na fronteira da Índia com o Nepal e que os quase dois mil animais que estavam com eles foram apreendidos e libertados.

Perante estes milagres, reflito sobre a nossa pequenez e dependência infinita por nossos genitores ou filhos, babás ou cuidadores, pediatras ou geriatras. Também penso nas espécies executadas que servem de alimento para nós, e que recebem os cuidados de criadores e veterinários.

Todas as criaturas da face da Terra são parte do plano de criação de Deus e todos estão sob os olhos e a misericórdia infinita do Pai.

Diante desta história deixo algumas perguntas: Qual vida é mais importante aos olhos do Criador? Quais ativistas são mais honrados? Os que lutam pelas causas humanitárias ou os que trabalham pela proteção dos animais? Qual desastre é pior? O de causa natural ou proposital?

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